A cranioestenose (também chada de craniosinostose) é uma doença que está relacionada com o formato do crânio do bebê. O crescimento craniano como um todo ocorrerá se o cérebro for normal (o principal “motorzinho” que faz o crânio crescer) e se as famosas “suturas cranianas”, que são as linhas entre os vários ossos que do crânio, estiverem abertas.
O problema maior ocorre quando estas tais suturas se fecham antes da hora causando a cranioestenose. Nesta situação, a sutura fechada impede o crescimento naquele local, mas como o cérebro é normal ele empurra outras áreas do crânio para tentar crescer normalmente, deformando seu formato com este crescimento “torto”. Geralmente algum grau de deformidade é percebida já no nascimento e a cabecinha do bebê vai ficando cada vez mais torta com o tempo.
A cranioestenose afeta 1 a cada 2000 a 2500 bebês e dependendo do tipo de sutura fechada temos um formato e uma cranioestenose diferente – a mais comum (cerca de 56%) é a escafocefalia, causada pelo fechamento da sutura sagital (a cabeça do bebê fica comprida e bicuda) e a mais rara (cerca de 2%) é a plagiocefalia posterior verdadeira, causada pelo fechamento da sutura lambdoide (a cabeça do bebê fica amassada de um lado só na parte de trás).
Caso haja suspeita de que o bebê tem cranioestenose o ideal é procurar o neurocirurgião pediátrico o mais breve possível, pois a cirurgia deve ser realizada idealmente no primeiro ano de vida do bebê.